A defesa dos réus Eduardo de Sousa Silva e Antônio Luis Pereira dos Santos, condenados a 18 anos e 20 anos e 04 meses, respectivamente, pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Sérgio Luís Monteiro Bezerra Júnior, morto no Tribunal do Crime, em Teresina, pediu a revogação das prisões preventivas, sob a alegação de excesso de prazo na revisão da medida cautelar imposta aos condenados. O pedido foi protocolado no último dia 20 de março de 2025 e aguarda julgamento no Tribunal de Justiça.
Conforme a defesa, Antônio Luiz Pereira dos Santos e Eduardo de Sousa Silva foram condenados pelo Tribunal do Júri em sessão realizada no dia 17 de outubro de 2024, oportunidade em que a defesa interpôs recurso de apelação em audiência, pleiteando a revisão da decisão condenatória. Porém, ados mais de cinco meses desde a sentença, os autos ainda não foram remetidos ao Tribunal de Justiça do Piauí, configurando “evidente atraso processual, contrariando o princípio da razoável duração do processo, previsto no artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal”, diz trecho do pedido.

Autos remetidos ao Tribunal de Justiça
Em despacho do último dia 26 de março, a juíza de Direito da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, Maria Zilnar Coutinho Leal, determinou que os autos fossem remetidos com urgência ao Tribunal de Justiça para o processamento e julgamento do recurso interposto pela defesa dos acusados.
Entenda o caso
As investigações do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa concluíram que a vítima foi levada a Eduardo de Sousa Silva e Antônio Luis Pereira dos Santos, por meio de uma mulher até a Praça da Bandeira, para consumir drogas.
No local, ele foi abordado por integrantes do Bonde dos 40, que atuam em Timon e Teresina. O grupo suspeitou que Sérgio Luís fosse membro de uma facção rival e o levou a um prédio abandonado, próximo ao Mercado Central, onde decidiram que ele fazia parte do PCC, sem nenhuma comprovação concreta.
Após essa ocorrência, Sérgio Luís desapareceu e seu corpo somente foi localizado no segundo semestre de 2023, na região das torres de transmissão, na Taboca do Pau Ferrado, zona sudeste de Teresina.
Ao todo, foram identificadas seis pessoas envolvidas no crime e todas elas foram presas preventivamente pela Polícia Civil. A Justiça determinou o desmembramento do processo, a fim de individualizar a conduta de cada réu, dividindo o procedimento em três.
Rapidinhas
Polícia identifica suspeitos de participação na morte de jovem no Angelim
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) identificou suspeitos de participação no assassinato de Willame Silva Mendes, executado com três disparos de arma de fogo na última sexta-feira (28), em um matagal próximo às margens do Rio Parnaíba, no bairro Angelim, zona sul de Teresina.
As investigações apontaram que Willame agrediu um usuário de drogas, por ciúme da namorada, no residencial Betinho II, e um traficante que atua na região ordenou que Willame fosse submetido a uma disciplina, mas ele acabou sendo julgado no "Tribunal do Crime". Na noite de quinta-feira, vítima foi colocada no porta-malas de um veículo, de cor preta, e levada até às margens do Rio Parnaíba.
DHPP aguarda laudo pericial para finalizar inquérito sobre morte de PM
O Departamento de Polícia Científica ainda não concluiu o relatório final que apura a morte do sargento da Polícia Militar do Piauí, João de Deus Teixeira dos Santos, durante discussão com o soldado Raimundo Linhares da Silva, da Polícia Militar do Maranhão.
O caso ocorreu no dia 05 de novembro do ano ado, no Parque Sul, em Teresina.
Os peritos estão analisando o material colhido durante a reprodução simulada, ocorrida em 07 de janeiro de 2025, em confronto com a análise das oitivas presentes no inquérito policial, presidido pelo delegado Danúbio Dias, da Delegacia de Homicídios Sul.
Com a entrega dos laudos periciais, a autoridade policial deverá remeter o caso ao Poder Judiciário, delimitando todas as circunstâncias que levaram à morte do sargento João de Deus Teixeira dos Santos.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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