O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Ministério Público do Estado do Piauí ingressou com uma ação civil pública contra a Humana Saúde Nordeste Ltda., após reclamações relacionadas a terapias de crianças com autismo, paralisia cerebral e outros transtornos.
Segundo informações divulgadas nesta terça-feira (3) pelo órgão ministerial, a Humana Saúde está sendo acusada de transferir, de maneira arbitrária, o tratamento dos pacientes para o Centro Integrado de Neurodesenvolvimento (CIN), que integra a rede própria da operadora.

Os consumidores relataram que o plano de saúde alterou as clínicas nas quais os pacientes realizavam as terapias conforme a prescrição médica, promovendo a substituição dos profissionais que já possuíam vínculo terapêutico com os menores e causando a descontinuidade do tratamento.
Também foi relatado que o Centro Integrado de Neurodesenvolvimento não possui capacidade para fornecer um atendimento adequado à condição individualizada de cada diagnóstico.
Diante disso, o promotor Nivaldo Ribeiro, coordenador do Procon, pediu à Justiça que proíba a Humana Saúde de transferir os pacientes já em tratamento para o Centro Integrado de Neurodesenvolvimento. Também requereu a concessão de liminar para que a operadora custeie integralmente os tratamentos prescritos pelos médicos assistentes, nas clínicas e/ou com profissionais indicados pelos beneficiários que comprovadamente possuem formação completa nos métodos prescritos.
Outro lado
Procurada pelo GP1, por meio de sua assessoria, a direção da Humana Saúde não se pronunciou. O espaço está aberto para esclarecimentos.
Ver todos os comentários | 0 |