Francisco José da Costa, conhecido como “Chiquinho”, é apontado como o chefe do esquema de corrupção milionário envolvendo servidores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). Ele é um dos alvos da Operação Coringa, que foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (12) no Distrito Federal e no Piauí, e resultou na apreensão de R$ 1 milhão em espécie em um supermercado na cidade de Batalha.
O acusado é formado em Contabilidade, e até o início da operação, ocupava a função de Chefe do Departamento Financeiro (DFI) da Novacap. Segundo as investigações, com isso Chiquinho conseguia favorecer empresas em processos internos do órgão, como aceleração no ree de recursos públicos às construtoras contratadas, em troca de propina.

Ele também é réu em ação penal da Operação Alta Conexão, realizada em 2022, e mesmo assim, ainda exercia influência sobre os pagamentos da estatal, chefiando as finanças. Chiquinho também já tinha ocupado outras posições de prestígio e estratégicos no órgão, como diretor executivo e chefe do departamento de contabilidade.
A família de Francisco José da Costa é ligada ao supermercado “O De Casa”, apontado como um dos meios de escoamento do dinheiro adquirido de forma ilícita. No estabelecimento, os agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) localizaram R$ 1 milhão em uma caixa de papelão no estabelecimento.

Conforme investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT), as irmãs e a esposa do servidor, identificada como Maria Bernadete, participavam do esquema de lavagem de dinheiro, movimento quantias em espécie e transferidos a terceiros. Diante desses elementos, a Justiça determinou que Francisco José fosse afastado da função pública.
Além disso, determinou o bloqueio de bens dos investigados e o bloqueio de cerca de R$ 1 milhão em contas bancárias, e bloqueio de uma aeronave e uma embarcação.
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